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Enciclopédia de Personagens Bíblicos

Nicodemos

Nicodemos
Antigo Testamento
Ministério de Jesus

Informações Básicas

Início do Chamado Ministério de Jesus (c. 27-33 d.C.)
Período Histórico Viveu no Séc. I d.C.
Local de Nascimento Desconhecido (Provavelmente Jerusalém)
Local da Morte Desconhecido
Fariseu proeminente e membro do Sinédrio (o conselho judaico), Nicodemos procurou Jesus à noite para aprender mais, resultando no famoso diálogo sobre "nascer de novo" (João 3). Mais tarde, defendeu cautelosamente um julgamento justo para Jesus no Sinédrio. Após a crucificação, ele ajudou abertamente José de Arimateia a preparar o corpo de Jesus para o sepultamento com grande quantidade de especiarias, demonstrando publicamente sua fé.
O Fariseu que Buscou Jesus à Noite e Creu

Biografia

Nicodemos era um Fariseu e um "principal entre os judeus" (João 3:1), o que indica que ele era um membro do Sinédrio, o supremo conselho religioso e judicial judaico em Jerusalém. Sua primeira aparição ocorre em João 3, quando ele procura Jesus "de noite", talvez por medo de seus colegas líderes religiosos, por cautela, ou simplesmente para ter uma conversa particular e aprofundada.

Ele inicia o diálogo reconhecendo Jesus como "Mestre vindo da parte de Deus", por causa dos sinais miraculosos que Jesus realizava (João 3:2). Jesus imediatamente o confronta com a necessidade espiritual fundamental: "Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo [ou 'do alto'], não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Nicodemos, inicialmente, interpreta isso de forma literal e demonstra dificuldade em compreender o conceito espiritual ("Como pode um homem nascer, sendo velho?"). Jesus então elabora, explicando que é necessário nascer "da água e do Espírito" para entrar no Reino, contrastando o nascimento físico com o espiritual (João 3:4-8). Jesus expressa surpresa que Nicodemos, sendo "mestre em Israel", não compreendesse essas verdades espirituais, e prossegue com um discurso sobre Sua própria missão (ser levantado como a serpente no deserto), o amor redentor de Deus que enviou Seu Filho, a necessidade da fé para a salvação, e a natureza do julgamento como a rejeição da Luz (João 3:9-21), incluindo o famoso versículo João 3:16.

Nicodemos reaparece em João 7:45-52. Durante a Festa dos Tabernáculos, havia grande debate sobre Jesus, e os principais sacerdotes e fariseus enviaram guardas para prendê-lo, mas estes voltaram sem sucesso, impressionados com Suas palavras. Em meio à frustração e desprezo dos líderes ("Porventura, algum dos principais creu nele? Ou algum dos fariseus?"), Nicodemos (identificado como "aquele que anteriormente viera ter com Jesus") intervém cautelosamente, apelando para a própria lei deles: "A nossa lei, porventura, julga um homem sem primeiro ouvi-lo e saber o que ele faz?". Sua tentativa de defender um processo justo é rapidamente rebatida com escárnio por seus colegas, que o acusam de ser também da Galileia (de onde acreditavam que nenhum profeta viria).

Sua terceira e última aparição é a mais ousada e pública, ocorrendo após a crucificação de Jesus (João 19:38-42). Enquanto José de Arimateia (outro discípulo secreto por medo dos judeus) pediu a Pilatos o corpo de Jesus, Nicodemos o acompanhou, trazendo "cerca de cem libras [aproximadamente 34 kg] de um composto de mirra e aloés". Esta era uma quantidade enorme e muito cara de especiarias, normalmente usada para o sepultamento de reis ou pessoas muito ricas, indicando a grande honra que Nicodemos agora prestava abertamente a Jesus, mesmo em Sua morte vergonhosa. Juntos, Nicodemos e José de Arimateia envolveram o corpo de Jesus em lençóis com as especiarias, segundo o costume judaico de sepultamento, e o depositaram no túmulo novo de José.

A trajetória de Nicodemos no Evangelho de João mostra uma progressão notável: do inquiridor noturno e temeroso, passando pelo defensor hesitante da justiça, até o discípulo que publicamente se identifica com Jesus em Seu momento de maior rejeição e humilhação, participando ativa e generosamente de Seu sepultamento. Ele representa aqueles que, mesmo vindo de posições de poder e tradição religiosa estabelecida, são atraídos pela verdade de Cristo e eventualmente demonstram sua fé de forma concreta.

Significado do Nome

Significado
Vitória do Povo / Conquistador do Povo (Grego)
Idiomas Originais

Línguas em que o nome do personagem é encontrado nas escrituras originais:

Aramaico Hebraico Grego Koiné
Nome Original
Grego: Nikodēmos (Νικόδημος)

Títulos

Fariseu Principal dos Judeus (Membro do Sinédrio) Mestre em Israel (Jo 3:10)

Família

Pai
Não nomeado
Mãe
Não nomeada
Outros Parentescos
Nenhum mencionado
Família Estendida
Fariseu e membro do Sinédrio (o supremo conselho judaico) em Jerusalém.
Linhagem
Judeu Fariseu, Membro do Sinédrio

Ministério e Morte

Papéis Secundários
Fariseu Mestre em Israel Inquiridor Benfeitor (no sepultamento)
Ocupação
Líder Religioso / Membro do Sinédrio
Causa da Morte
Desconhecida

Profecias

Nenhuma profecia feita por ele, mas foi receptor de ensinamentos cruciais de Jesus sobre o novo nascimento e a salvação.

Milagres

Reconheceu os milagres ("sinais") de Jesus como evidência de Sua origem divina (João 3:2). Participou no cuidado do corpo de Jesus após Sua morte.

Citações Memoráveis

A Jesus: "Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus..." (Jo 3:2). Pergunta: "Como pode um homem nascer, sendo velho?" (Jo 3:4). No Sinédrio: "A nossa lei... julga um homem sem primeiro ouvi-lo...?" (Jo 7:51).

Eventos Principais

Membro do Sinédrio e Fariseu. Teve um encontro noturno com Jesus, discutindo o "nascer de novo" (João 3). Defendeu cautelosamente um processo justo para Jesus perante o Sinédrio (João 7). Juntou-se a José de Arimateia para sepultar Jesus de forma honrosa, trazendo uma grande quantidade de mirra e aloés (João 19).

Territórios e Jornadas

Jerusalém

Arqueologia e Referências Extra-Bíblicas

Evidências Arqueológicas
Nenhuma arqueologia direta. A existência do Sinédrio e as práticas funerárias judaicas do século I em Jerusalém são bem atestadas arqueologicamente.
Registros Históricos
Nenhum contemporâneo confirmado. O Talmude menciona um Nicodemos ben Gurion rico em Jerusalém na época, mas a identificação com o bíblico é incerta.
Nível de Confiabilidade Histórica
alto

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