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Enciclopédia de Personagens Bíblicos

Rainha de Sabá

Rainha de Sabá
Antigo Testamento
Reino Unido

Informações Básicas

Início do Chamado Reinado em Sabá
Período Histórico c. Metade do Séc. X a.C. (Reinado de Salomão, 970-931 a.C.)
Local de Nascimento Reino de Sabá (Sul da Arábia? Etiópia?)
Local da Morte Desconhecido (Sabá?)
Governante do reino de Sabá (provavelmente Sul da Arábia), a Rainha de Sabá viajou a Jerusalém com uma grande comitiva e presentes valiosos para testar a renomada sabedoria do Rei Salomão, da qual ouvira falar em conexão com o nome do Senhor. Impressionada com sua sabedoria, riqueza e a organização de seu reino, ela reconheceu que a realidade superava a fama e louvou o Deus de Israel. Trocou presentes com Salomão e retornou à sua terra.
A Soberana Estrangeira que Buscou a Sabedoria de Salomão
Rainha do Sul Bilqis (Tradição Islâmica) Makeda (Tradição Etíope)

Biografia

A Rainha de Sabá é uma figura proeminente que visita o Rei Salomão durante o auge de seu reinado, conforme narrado em 1 Reis 10 e 2 Crônicas 9. Ouvindo falar da grande fama de Salomão "concernente ao nome do SENHOR" e de sua extraordinária sabedoria, ela decidiu viajar desde seu reino distante (provavelmente no sudoeste da Arábia, moderno Iêmen, um centro do lucrativo comércio de especiarias) até Jerusalém para testá-lo pessoalmente com "perguntas difíceis" ou enigmas (*chidah*) (1 Reis 10:1).

Ela chegou a Jerusalém com uma caravana muito grande e impressionante, trazendo camelos carregados de especiarias finas, grande quantidade de ouro e pedras preciosas – presentes dignos de uma monarca rica e poderosa (1 Reis 10:2a, 10).

Ao se encontrar com Salomão, apresentou-lhe todas as suas questões complexas, e "Salomão lhe deu resposta a todas as suas perguntas; nenhuma delas lhe foi demasiadamente difícil que não pudesse responder" (1 Reis 10:3). A rainha não ficou impressionada apenas com as respostas, mas com tudo o que viu: a sabedoria prática de Salomão, a magnificência do palácio que ele construíra, a fartura de sua mesa, a organização e as vestes de seus servos e copeiros, e a grandiosidade dos holocaustos que ele oferecia no Templo do Senhor. A Bíblia descreve sua reação dizendo que ela ficou "como que fora de si" ou "não houve mais espírito nela" (1 Reis 10:4-5), totalmente maravilhada.

Ela então confessou a Salomão que o que via excedia em muito os relatos que ouvira em sua terra, reconhecendo a veracidade de sua sabedoria e prosperidade. Elogiou a felicidade dos servos de Salomão que podiam ouvir sua sabedoria continuamente (1 Reis 10:6-8). De forma significativa, a rainha não louvou apenas Salomão, mas também o Deus de Israel: "Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te pôr no trono de Israel; porquanto o SENHOR ama a Israel para sempre, por isso, te constituiu rei, para executares juízo e justiça" (1 Reis 10:9). Este reconhecimento de YHWH por uma rainha pagã é um testemunho do impacto da sabedoria divina concedida a Salomão.

Após o diálogo e a observação, houve uma troca formal de presentes. A Rainha de Sabá deu a Salomão cento e vinte talentos de ouro (uma quantidade enorme), uma abundância de especiarias nunca vista antes igual em Israel, e pedras preciosas. Por sua vez, o rei Salomão deu à rainha "tudo o que lhe veio ao desejo e pediu, além do que lhe deu por sua liberalidade real" (1 Reis 10:10, 13).

Concluída a visita, a Rainha de Sabá retornou com seus servos para sua própria terra (1 Reis 10:13). Sua história permaneceu na memória de Israel e foi usada por Jesus séculos depois. Ele a chamou de "Rainha do Sul" e declarou que ela se levantaria no juízo para condenar a geração incrédula de seus dias, pois ela viera "dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão", enquanto eles rejeitavam Alguém "maior do que Salomão" que estava entre eles (Mateus 12:42; Lucas 11:31). Embora a Bíblia não forneça seu nome pessoal, tradições posteriores (judaicas, islâmicas e etíopes) desenvolveram muitas lendas sobre ela (chamando-a Bilqis ou Makeda) e sua relação com Salomão, mas estas não fazem parte do relato canônico.

Significado do Nome

Significado
Nome pessoal desconhecido. Sabá refere-se ao reino (Sul da Arábia?).
Idiomas Originais

Línguas em que o nome do personagem é encontrado nas escrituras originais:

Sabeu (Língua sul-arábica antiga)? Possivelmente Aramaico?
Nome Original
Título: Malkat Sheva (מלכת שבא) (Heb)|Basilissa Saba (βασίλισσα Σαβά) (Gr)

Títulos

Rainha de Sabá Rainha do Sul (Mt 12:42)

Família

Pai
Não nomeado
Mãe
Não nomeada
Outros Parentescos
Nenhum mencionado
Família Estendida
Monarca do Reino de Sabá (Sheba), localizado provavelmente no sudoeste da Arábia (atual Iêmen) ou talvez na Etiópia.
Linhagem
Sabeia

Ministério e Morte

Papel Principal
Rainha
Papéis Secundários
Governante Gentio Buscadora de Sabedoria Diplomata? Comerciante?
Ocupação
Rainha / Monarca
Causa da Morte
Desconhecida

Profecias

Nenhuma registrada por ela.

Milagres

Testemunhou a sabedoria sobrenatural concedida por Deus a Salomão e a magnificência de seu reino e do culto no Templo, que a deixaram profundamente impressionada.

Citações Memoráveis

A Salomão: "Verdadeiro foi o relato que ouvi na minha terra... não me disseram metade... excede em sabedoria e bens a fama que ouvi." (1 Rs 10:6-7). Louvor a Deus: "Bendito seja o SENHOR, teu Deus, que se agradou de ti para te pôr no trono de Israel..." (1 Rs 10:9).

Eventos Principais

Ouviu falar da fama da sabedoria de Salomão (ligada ao nome de Deus). Viajou de Sabá a Jerusalém com grande comitiva e presentes valiosos. Testou a sabedoria de Salomão com perguntas difíceis e enigmas. Ficou maravilhada com a sabedoria, a riqueza e a organização do reino de Salomão. Louvou a YHWH, o Deus de Israel. Trocou presentes generosos com Salomão. Retornou à sua terra.

Territórios e Jornadas

Reino de Sabá Jerusalém (visita)

Arqueologia e Referências Extra-Bíblicas

Evidências Arqueológicas
Nenhuma direta da Rainha. O Reino de Sabá no Sul da Arábia é historicamente conhecido e arqueologicamente atestado (templos, inscrições), famoso pelo comércio de especiarias/incenso. A datação exata de seu auge em relação a Salomão (séc. X a.C.) é debatida.
Registros Históricos
Nenhum registro contemporâneo menciona a visita a Salomão. Inscrições do Sul da Arábia atestam o reino de Sabá. Lendas posteriores sobre ela são abundantes nas tradições judaica, islâmica (Bilqis) e etíope (Makeda).
Nível de Confiabilidade Histórica
medio

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