André, natural de Betsaida na Galileia e irmão de Simão Pedro, era inicialmente um discípulo de João Batista (João 1:40, 44). Sua busca espiritual o levou a estar presente quando João Batista, vendo Jesus passar, declarou: "Eis o Cordeiro de Deus!" (João 1:35-36). Ouvindo isso, André e outro discípulo (possivelmente João, o futuro apóstolo) imediatamente seguiram Jesus e passaram aquele dia com Ele (João 1:37-39).
Convencido de ter encontrado o Messias, a primeira ação registrada de André foi procurar seu próprio irmão, Simão. Com entusiasmo, ele anunciou: "Achamos o Messias (que, traduzido, quer dizer Cristo)", e o levou até Jesus. Foi nesse encontro que Jesus deu a Simão o nome de Cefas (Pedro) (João 1:40-42). Este ato de trazer seu irmão a Cristo caracteriza André como alguém focado em evangelismo pessoal.
Posteriormente, Jesus chamou formalmente André e Pedro enquanto eles pescavam no Mar da Galileia, convidando-os a se tornarem "pescadores de homens". Eles prontamente deixaram suas redes e o seguiram (Mateus 4:18-20; Marcos 1:16-18).
André foi escolhido como um dos Doze Apóstolos (Mateus 10:2; Marcos 3:18; Lucas 6:14; Atos 1:13). Embora não fizesse parte do círculo mais íntimo de três (Pedro, Tiago e João) que testemunharam certos eventos privados, ele estava presente em outras ocasiões significativas.
No milagre da alimentação dos cinco mil, foi André quem identificou o rapaz que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos. Embora expressasse dúvida sobre a suficiência daquela provisão ("mas isto que é para tanta gente?"), ele trouxe os recursos disponíveis a Jesus (João 6:8-9).
Durante a última semana de Jesus em Jerusalém, quando alguns gregos (gentios) que tinham vindo para a festa desejaram ver Jesus, eles abordaram Filipe (que também tinha um nome grego e talvez fosse mais acessível a eles). Filipe contou a André, e então "André e Filipe o comunicaram a Jesus" (João 12:20-22), mostrando novamente André como um facilitador, ajudando a levar pessoas a Cristo, incluindo gentios.
Marcos 13:3 registra que André estava com Pedro, Tiago e João quando eles perguntaram a Jesus em particular, no Monte das Oliveiras, sobre os sinais do fim dos tempos e a destruição do Templo, indicando que ele tinha acesso a ensinamentos mais profundos de Jesus.
Após a ressurreição e ascensão, André estava com os outros dez apóstolos no cenáculo em Jerusalém, aguardando a vinda do Espírito Santo (Atos 1:13).
O Novo Testamento não registra mais detalhes sobre seu ministério posterior. Tradições da igreja primitiva (como as relatadas por Eusébio e outras fontes) sugerem que André pregou em várias regiões, incluindo Cítia (ao norte do Mar Negro), Trácia, e Acaia (Grécia). A tradição mais forte o associa à cidade de Patras, na Acaia, onde ele teria sido martirizado por crucificação. Diz-se que ele foi amarrado (não pregado) a uma cruz em forma de X (decussata), agora conhecida como "Cruz de Santo André", e que pregou por dois dias antes de morrer. Ele é considerado o santo padroeiro da Escócia, Rússia, Grécia e Romênia.